Como proceder em casos de falecimento

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Perguntas Frequentes

De acordo com a tradição mística judaica, a pessoa quando morre encontra-se com o Criador. E seria indecoroso contemplar a Presença Divina ao mesmo tempo em que se observa as coisas mundanas. Fechando os olhos do falecido para o mundo físico, permitimos que ele os abra para a paz do mundo espiritual.

Geralmente é o filho quem pratica este ato, em lembrança das palavras confortantes de Deus ao patriarca Jacob: “Teu filho José colocará as mãos sobre teus olhos” (Gênesis 46:4).

A tradição judaica considera que deixar o corpo à vista é uma violação do princípio de “kevod ha’met”, respeito pelos mortos. Mais ainda, se deixássemos o corpo exposto, estaríamos limitando nossa perspectiva à realidade física da morte. Cobrindo-o, tentamos conservar na memória a imagem da pessoa em vida, e alargamos nossa visão para abranger uma dimensão espiritual .
“0 espírito do homem é a vela do Senhor” (Provérbios 20:27). A luz das boas ações praticadas pelo falecido ao longo da vida o acompanhará ao repouso eterno. De acordo com o pensamento místico judaico, a chama simboliza a alma do ente que partiu, pois ela se dirige sempre para o alto. Mantendo uma vela acesa durante a primeira semana de luto, e também no dia do aniversário do falecimento, estamos ajudando a ascensão da alma aos céus .
A lei judaica ordena que o corpo seja sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia. Uma exceção é feita no Shabat e no Yom Kipur, durante os quais não se pode realizar o enterro.

Adiar o sepultamento é visto como um desrespeito para com o falecido e só deverá ocorrer na necessidade de aguardar a chegada dos filhos. Segundo as fontes místicas judaicas, a alma só descansa depois que o corpo é enterrado .

Este ritual, keriá, é um sinal tradicional de luto desde os tempos bíblicos. A Torá relata que Jacob, ao receber a falsa notícia de que seu filho José tinha sido devorado por uma fera, reagiu “rasgando as vestes” (Gênesis 37:34). Também David rasgou suas vestes ao saber da morte do Rei Saul e seu filho Jonathan.

Esse ritual tem uma finalidade psicológica: uma forma de descarregar a dor e a angústia diante da perda de um ente querido.

Ao rasgar a roupa, o enlutado profere a benção “Baruch Dayan Emet”, “Bendito seja o verdadeiro Juiz”, demonstrando assim que apesar da tragédia, sua crença em Deus e na justiça divina continua inabalável.

Muito pelo contrário. um tributo que prestamos ao morto. A origem desta tradição milenar se encontra no Livro de Eclesiastes: “Assim como veio, assim irá.” Da mesma forma como um recém-nascido é imediatamente lavado e ingressa no mundo fisicamente limpo e espiritualmente puro, assim também aquele que parte é simbolicamente purificado através do ritual da tahará (“purificação”).

No antigo Templo, o Sumo Sacerdote usava uma simples vestimenta de linho branco no dia mais sagrado do ano, Yom Kipur. Lá ele confessava a Deus, e pedia o perdão divino pelos seus pecados e os pecados do seu povo. Analogamente, quando a pessoa morre, ela vai ao encontro do Criador envolta numa simples roupa branca, símbolo de humildade e pureza.

Mais ainda, enterrando ricos e pobres em vestes iguais, simples e sem quaisquer ornamentos, ressaltamos um dos grandes valores judaicos e universais: a igualdade social.

Simbolicamente, as paradas demonstram nossa relutância em nos separarmos do ente querido que morreu.
Nas palavras da Bíblia: “Porque és pó, e ao pó tornarás” (Gênesis 3:19). Participando do ato do sepultamento, demonstramos que aceitamos a vontade de Deus. Simbolicamente, devolvemos a Ele o que Ele nos deu.

Nós judeus frisamos a igualdade de todos os seres humanos em sua morada final. Na morte, “rico e pobre se encontram, pois ambos foram criados por Deus” (Provérbios 22:2). Somente as pessoas abastadas poderiam ser enterradas com pompa. Por esta razão, fazemos questão de realizar o enterro sem ostentação, sem enfeites, sem flores, ressaltando o respeito ao falecido através da simplicidade.

Mais ainda, nossos rabinos tinham receio da tendência humana de cultuar os mortos. É interessante notar que o local do sepultamento de Moisés é desconhecido, para evitar que cometamos o pecado da idolatria. Nós, como judeus, não cultuamos os mortos. Pelo contrário: diante da morte, reafirmamos a vida. E traduzimos a memória em ação.

Claro que sim. A lei judaica nos proíbe visitar o mesmo túmulo duas vezes num único dia. Esta regra tem sido mal interpretada por algumas pessoas, que entendem ser proibido visitar outro túmulo depois de assistir a um enterro. Completamente sem fundamento.

Por outro lado, a lei judaica exige que, no final do enterro, os presentes fiquem em fila para consolar os enlutados. Talvez por este motivo, alguns acham desaconselhável visitar outro túmulo após o enterro.

Em suma, é permitido visitar quantos túmulos se queira, desde que antes seja cumprida a obrigação humana de dar apoio e solidariedade aos recém-enlutados.

Certamente não por motivos de higiene. A morte não é suja; a morte é uma parte natural, lógica e orgânica da vida. Lavamos as mãos porque a água é o símbolo da vida, reafirmando assim nossa crença de que a vida é mais forte do que a morte.

Após lavar as mãos, deixamos que elas se sequem naturalmente, sem usar uma toalha. Simbolicamente, demonstramos assim nosso desejo de jamais obliterar nossos laços com o falecido e, pelo contrário, conservá-lo em nossa memória para todo o sempre .

A forma arredondada do ovo simboliza a natureza cíclica e contínua da vida, e reflete nossa crença na imortalidade da alma.

Embora não retenha mais seu formato original, o ovo foi num estágio anterior a fonte de uma nova vida. Assim também, apesar de não podermos mais desfrutar da presença física do ente querido que partiu, estamos conscientes de que as sementes que ele plantou aqui na Terra ainda gerarão belos frutos, e que seu espírito viverá eternamente.

Outra explicação: assim como o ovo não pára numa mesma posição e vira continuamente, esperamos que a nossa sorte também possa virar, e que a tristeza de hoje possa se transformar na alegria de um novo amanhã .

A palavra “Shivá” significa “sete”, e se refere ao período de sete dias de luto contados a partir do dia do enterro. A tradição tem origem na Torá, quando José “chorou sete dias” pelo seu pai, Jacob (Gênesis 50:10). Durante uma semana, os enlutados ficam em casa, abstendo-se de quaisquer atividades profissionais ou de lazer. Parentes e amigos fazem visitas de condolências a casa dos enlutados, e três vezes por dia (de manhã, à tarde e à noite) realizam-se serviços religiosos.

A instituição da Shivá tem como finalidade dar a família folgas psicológicas e espirituais para continuar depois da perda de um ente querido. O enlutado não está só; muito pelo contrário, ele faz parte da “comunidade dos enlutados de Sion”. É esta consciência de grupo que lhe dá conforto, já que recebe o apoio e o consolo dos familiares e amigos durante estes dias e que lhe permite emergir fortalecido, preparado para enfrentar as vicissitudes da vida, e pronto para reassumir suas responsabilidades perante o seu povo .

Trata-se de um costume relativamente recente (datando da Idade Média), que pode ser explicado de várias maneiras.

Primeiramente, durante a Shivá (a primeira semana de luto), realizam-se diariamente serviços religiosos na casa dos enlutados. A lei judaica proíbe rezar diante de um espelho.

Outra razão é que a função básica do espelho relaciona-se diretamente com a vaidade pessoal, e esta contraria o espírito do luto, especialmente durante os primeiros dias, quando o enlutado deve se abster de fazer a barba, cortar o cabelo, enfeitar-se, etc.

Finalmente, o espelho reflete a imagem da pessoa somente se ela estiver fisicamente presente diante dele. Ao cobrirmos os espelhos na casa dos enlutados, demonstramos simbolicamente que mesmo sem a presença física daquele ente querido que partiu, sua imagem continua real e viva. Longe dos olhos não é longe do coração .

O costume provém do relato bíblico sobre o Rei David. Ao receber a notícia da morte de seu filho, David “rasgou suas vestes e prostrou-se por terra” (II Samuel 13:31). Sentando-se no chão ou em banquetas baixas, os enlutados expressam seu pesar e seu desejo de ficar perto da terra na qual o ente querido está sepultado.
O desconforto físico é um meio de acentuar o estado de luto. Neste contexto, os enlutados abstêm-se de usar sapatos de couro, roupas novas, cosméticos, enfim tudo que traz conforto e prazer.
Quando perdemos alguém que nos é muito querido, nós nos “retiramos” da sociedade. Abatido pelo trágico golpe, o enlutado se abandona simbolicamente, descuidando a aparência pessoal, deixando crescer a barba e o cabelo durante trinta dias, assim como o antigo nazireu. O espírito do isolamento é o de um afastamento temporário do convívio social.

De acordo com a lei judaica, nenhum indivíduo pode chorar uma perda pessoal nos dias nacionais de festividade. A santidade e a alegria do Shabat e dos feriados sobrepõem-se à tristeza do luto.

Embora o Shabat seja contado como um dos sete dias, interrompe-se temporariamente a observância da Shivá, e os enlutados costumam sair de casa nesse dia para assistir aos serviços religiosos na sinagoga. Quando termina o Shabat, reinicia-se a Shivá.

Se um dos principais feriados judaicos (ou seja, os feriado bíblicos) cai durante a Shivá, o restante da Shivá é anulada. O mesmo acontece quando ocorre um feriado entre o término da Shivá e o trigésimo dia de luto: anula-se o restante do Shloshim (veja pergunta seguinte).

A palavra “Shloshim” significa “trinta” e se refere ao período de luto entre o término da Shivá e o trigésimo dia. Existe na Bíblia uma alusão ao prazo de um mês como período de luto: “Ela permanecerá em tua casa, chorando seu pai e sua mãe durante um mês” (Deuteronômio 21:3).

Embora muitas das restrições referentes à Shivá sejam mantidas durante o Shloshim, o enlutado começa nesta fase a reintegrar-se na sociedade e reassume, em parte, sua vida normal .

0 Kadish é um hino de louvor a Deus. Por ser tradicionalmente recitado nos enterros e nos serviços comemorativos dos finados, ele é popularmente considerado como uma oração pelos mortos. Entretanto, o Kadish não faz nenhuma referência à morte ou ao luto.

É puramente uma exaltação a Deus e uma súplica por um mundo de paz.

Embora os cabalistas do século XVI atribuíssem um caráter místico ao Kadish, alegando que toda vez que ele era recitado, a alma do falecido se elevava a um nível espiritual mais alto o valor intrínseco do Kadish se relaciona à pessoa que o recita. É uma expressão pública de fé em Deus por parte do enlutado, uma aceitação da Sua vontade mesmo em face da dor e da tristeza, uma submissão aos desígnios divinos diante da incapacidade de racionalizar uma tragédia pessoal.

O Kadish tem sido um dos fatores predominantes da continuidade do povo judeu – um elemento essencial daquele cordão umbilical que vem ligando as gerações judaicas uma à outra através dos tempos .

Nos tempos talmúdicos, o hebraico era o idioma dos eruditos, a língua do estudo e da oração, porém o vernáculo era o aramaico.

Os rabinos achavam essencial que qualquer leigo pudesse captar plenamente o significado do Kadish. Decretaram, portanto, que esta oração fosse sempre proferida na língua em que foi composta: em aramaico, a linguagem do povo .

O Kadish era originalmente recitado no final de um sermão ou de uma sessão de estudos, e continha um parágrafo a mais que constituía uma prece pelo bem estar de todos que se dedicam ao estudo da Torá. A primeira referência ao Kadish como uma oração dos enlutados se encontra no livro Or Zarua, escrito no século XIII pelo Rabino Isaac Ben Moses de Viena.

Além destas duas formas – o Kadish dos rabinos (Kadish de’Rabanan) e o dos enlutados (Kadish Yatom) – duas outras versões são usadas em nossas sinagogas hoje em dia: uma forma abreviada recitada no final de cada parte do serviço (Chatzi Kadish) e o “Grande Kadish” (Kadish Shalem), recitado no término do serviço religioso .

De acordo com a lei judaica, a obrigação de recitar o Kadish recai sobre os filhos homens, e deve ser cumprida na presença de um minyan. Quando não há filhos vivos, o parente mais chegado costuma fazê-la. As filhas não são obrigadas a recitar o Kadish.

As autoridades ortodoxas sugerem que as filhas honrem a memória dos pais ouvindo atentamente a recitação do Kadish e respondendo “Amém” .

Originalmente, os rabinos estipularam que o Kadish deveria ser recitado durante um ano, até terminar o prazo de luto no qual os filhos devem se abster de participar de reuniões festivas, bailes, etc.

Existe na antiga tradição judaica uma crença de que toda pessoa, após a morte, tinha que expiar os pecados cometidos na Terra, antes que sua alma pudesse entrar no Paraíso. E quanto maior o número de pecados, maior o tempo de expiação, sendo que o prazo máximo era de doze meses.

Baseado nesta crença, o Rabino Isserles de Cracóvia decretou no século XVI que o Kadish deveria ser recitado somente durante onze meses, pois se fosse mantido o período total de um ano, poderia parecer que o falecido tinha sido um pecador do mais alto grau .

0 costume de colocar uma pedra tumular (matzeivá em hebraico) remonta aos tempos dos nossos patriarcas. É um ato de respeito pelo falecido. Marcando visivelmente o local do sepultamento, asseguramos que os mortos não serão esquecidos, e sua sepultura não será profanada.

A pedra tumular pode ser colocada a partir do término da Shivá. O mais comum, entretanto, é esperar decorrer um ano para inaugurar a matzeivá. Isto porque uma das funções básicas da pedra tumular é manter viva a memória do falecido. E, de acordo com o Talmud, “a memória dos mortos torna-se menos intensa após doze meses”.

A tradição judaica recomenda que a Iápide seja simples, sem nenhuma ostentação. Simbolicamente, porque a morte é o grande nivelador. Se havia diferenças em vida, elas são eliminadas na morte. Não há ricos nem pobres. Somos todos iguais, porque nosso destino final é o mesmo .

Yahrzeit é o aniversário do falecimento, calculado pelo calendário hebraico. Nesse dia costuma-se visitar o túmulo do falecido e mantém-se uma vela acesa durante 24 horas. Os filhos recitam o Kadish na véspera, à noite, e no próprio dia do Yahrzeit, de manhã e à tarde.

Algumas pessoas jejuam no dia do Yahrzeit de um parente chegado, em sinal de pesar. Os chassidim, entretanto, consideram o Yahrzeit uma ocasião de júbilo – com base no conceito místico de que a cada ano que passa a alma do falecido ascende a um nível espiritual mais alto

0 Yahrzeit é contado a partir do dia da morte, seguindo o calendário judaico. Por exemplo, se uma pessoa faleceu no terceiro dia do mês de Tevet, seu primeiro Yahrzeit é comemorado exatamente um ano depois, isto é, novamente no dia 3 de Tevet.

Existe uma exceção a esta regra. Se, por algum motivo, o sepultamento se realizou três ou mais dias após a morte, o primeiro Yahrzeit é calculado a partir do dia do enterro. Nos anos seguintes, entretanto, observa-se o Yahrzeit no aniversário do falecimento .

Não existe nenhuma lei em si. É costume guardar as roupas que o falecido estava usando quando morreu. As outras roupas e demais pertences, com exceção dos sapatos, podem ser usados ou distribuídas entre parentes, amigos e instituições beneficentes. Trata-se de um assunto pessoal, no qual a lei judaica não interfere.
Sendo um tributo aos mortos, o Yizkor pode ser recitado em memória de qualquer parente falecido. No entanto, o mais freqüente é as pessoas recitarem o Yizkor pelos pais. Daí surgiu o costume de que aqueles cujos pais estão vivos não permanecem na sinagoga durante o serviço comemorativo .

Não, por dois motivos. Primeiro, porque a cremação era originalmente um ritual pagão, um ato associado com a idolatria que o Judaísmo combateu.

Segundo, porque a lei judaica proíbe a mutilação do cadáver. A Bíblia afirma: “Porque és pó, e ao pó tornarás” (Gênesis 3:19). A decomposição do corpo deve ocorrer naturalmente, sem interferência externa.

Em casos de epidemias é necessário consultar um rabino .

De acordo com o Talmud, “o homem deve ser enterrado em seu próprio terreno” (Bava Batra 112a). Um cemitério judaico é considerado patrimônio comum da coletividade israelita, satisfazendo portanto o preceito talmúdico. No caso de um cemitério não-judaico ou “ecumênico”, o ritual judaico de sepultamento só pode ser realizado desde que forem cumpridas as seguintes exigências:

1) A família deve adquirir um lote inteiro no cemitério, para que possa ser qualificado como “terreno próprio”. A sepultura em si não é considerada “propriedade”;

2) O lote deve estar situado numa parte desocupada do cemitério, para que possa ser cercado e delimitado como um terreno separado.

Dada a complexidade das condições acima estipuladas, é norma do Rabinato não celebrar o rito judaico de sepultamento fora de um cemitério israelita .

Obrigação ele não tem, mas se o convertido quiser observar o luto pela sua mãe segundo a maneira tradicional judaica, ele pode. O respeito aos pais é um dos mandamentos máximos do Judaísmo. E tal mandamento não conhece distinções religiosas.

Mais ainda, a finalidade do Kadish, na verdade, não é rezar pelos mortos. 0 Kadish é uma expressão da nossa fé inabalável em Deus diante do mistério da morte. E não teria sentido a lei judaica proibir tal louvor a Deus, em nenhuma circunstância .

A idéia de vida após a morte é um postulado da teologia judaica, porém não uma afirmação. E como muitos outros conceitos, está sujeito a diversas interpretações.

Para uns, a noção de “vida após a morte” é uma declaração da crença na vinda do Messias, que ressuscitará fisicamente os mortos. Para outros sábios, é o paraíso das almas, chamado de Gan, Éden espiritual .

Guia do Enlutado

O Guia do Enlutado é um livro em formato digital que pode ser baixado e lido no computador, dispositivos móveis ou impresso.

Neste documento você encontrará as informações mais importantes sobre como proceder quando ocorrer o falecimento de um ente ou amigo da comunidade judaica e quais providências podem ser tomadas antes mesmo que o óbito venha a acontecer.

É muito importante que nós enquanto comunidade tenhamos conhecimento destes aspectos tão importantes da nossa tradição, mesmo em um momento de luto.

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